O Projecto FAME inclui parceiros de todos os estados membros da área de acção do programa: Irlanda, Reino Unido, França, Espanha e Portugal. Cinco dos sete parceiros são representantes nacionais da Birdlife International, e são todos ONGs de conservação respeitadas, com experiência em investigação científica no campo das aves marinhas, e em trabalho de advocacia. A Birdlife International é uma parceria global entre organizações de conservação, representada em mais de 100 países e territórios em todo o mundo, que luta pela conservação das aves, seus habitats e pela biodiversidade global, trabalhando junto das populações com vista à sustentabilidade no que diz respeito à utilização dos recursos naturais. Os parceiros Birdlife frequentemente discutem assuntos de importância transnacional e trabalham em conjunto além fronteiras quando a necessidade surge, sujeitos aos fundos e recursos existentes. Os outros dois parceiros, UMinho e WavEC, estão sediados em Portugal, e trazem ao projecto experiência no envolvimento com os sectores das pescas e energias renováveis. |
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A
RSBP é uma organização do Reino Unido que desde 1889 trabalha para
assegurar um ambiente saudável para as aves e a vida selvagem. O
trabalho da RSPB na área das IBAs marinhas está a ser realizado
maioritariamente dando apoio na identificação e implementação de uma
rede de Áreas de Protecção Especial (SPA) marinhas no Reino Unido, ao
abrigo da Directiva comunitária Aves. Este trabalho é efectuado
principalmente através de discussões e debates com o governo do país, e
seus conselheiros - (Joint Nature Conservation Committee,
administradores e organizações de conservação da Natureza). O RSPB apoia
também o governo do Reino Unido a tomar a dianteira no que diz respeito
à identificação de SPA marinhas dentro da ZEE britânica. |
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A
BWI foi fundada em 1968 com o objectivo de proteger e estudar as aves e
os seus habitats naturais, e recentemente concluiu uma actualização do
seu inventário de IBAs terrestres, incluindo as que assim foram
classificadas devido à reprodução de aves marinhas. Espera-se que a
futura designação de AMPs na Irlanda inclua extensões destas IBAs em
território marinho, de modo a proteger as zonas de alimentação e outras
zonas importantes para aves não-reprodutoras, uma vez que estas foram
identificadas ao longo do referido projecto. Há muito que a BWI tem
vindo a trabalhar na monitorização de aves marinhas ao longo da costa
irlandesa, mas a falta de recursos impede a pesquisa em larga escala,
necessária para a identificação das mais importantes zonas de AMP. |
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Desde
1912, a LPO luta pelos animais selvagens e pelos territórios dos quais
os mesmos dependem. Em França, as AMPs estão a tornar-se cada vez mais
importantes no contexto ambiental francês, como prova a recente criação
da Agência de Áreas Marinhas Protegidas, com objectivos
entusiasmantes.(incluindo a criação de dez parques nacionais marinhos
antes de 2012). A LPO tem vindo a contribuir para este trabalho, por
exemplo através de um relatório para o Governo, em 2007, sobre as Áreas
Importantes para as Aves (IBAs) em França, do uso de uma metodologia
para definição de IBAs marinhas, e do trabalho realizado num projecto
LIFE+ sobre AMPs, coordenado pela Agência Francesa de AMPs. |
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Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) A
SPEA é uma ONG de ambiente sem fins lucrativos que promove o estudo e
conservação das aves e seus habitats, incentivando o desenvolvimento
sustentável para benefício das gerações futuras. Desde 1999, a SPEA é o
representante da Birdlife Internacional em Portugal. A
SPEA tornou-se no principal especialista em Portugal na área das aves
marinhas, na vanguarda da marcação de aves marinhas com os mais avançados
dispositivos de tracking. Em 2009, a SPEA completou o primeiro inventário nacional de IBA marinhas.
Este relatório publicou uma lista de dezassete IBA marinhas que deverão
em breve ser classificadas como ZPE marinhas ao abrigo da Directiva
Aves. |
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A SEO/Birdlife
tem vindo a trabalhar para a conservação das aves e seus habitats em Espanha,
desde a sua fundação em 1954. SEO/Birdlife é, juntamente com a SPEA em
Portugal, líder europeu na identificação de IBAs marinhas,
experimentação metodológica, e pesquisa científica na área das aves
marinhas. SEO/Birdlife coordenou um projecto Life denominado "Areas
Importantes para las Aves (IBA) marinas en España", durante 2004-2009.
Como resultado deste projecto, SEO/Birdlife apresentou em 2009 o seu inventário de IBA marinhas. |
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A Universidade do Minho
é uma instituição pública de ensino superior, com experiência em redes de
estudos e monitorizações implementadas no centro e norte de Portugal. A
presente equipa coordena várias pesquisas relacionadas com a mortalidade
por pesca acessória, estatuto e reabilitação de várias espécies de aves
marinhas. Simultaneamente, a equipa estabeleceu um programa de
monitorização de aves marinhas utilizando plataformas de oportunidade, e
técnicas de censos costeiros. A equipa da UMInho tem uma longa
experiência de trabalho em conjunto com os pescadores através de vários
programas de observadores independentes, e projectos de estratégia
relacionados com a mitigação da pesca acessória. |
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O WavEC é uma organização privada sem fins lucrativos criada em 2003,
dedicada ao desenvolvimento e promoção da utilização das energias
offshore, e apoio técnico e estratégico a companhias e organismos
públicos. A WavEC é uma das poucas entidades a nível mundial com
experiência em centrais piloto de energias offshore à escala real,
nomeadamente a central piloto AWS (2004) no Norte de Portugal, e a
central piloto OWC do Pico, Açores, conhecendo bem os constrangimentos e
dificuldades da utilização e monitorização da energia das ondas. Esta
experiência está a ser largamente expandida através do envolvimento em
vários projectos a nível europeu. |
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Esta parceria permitirá que as experiências na
área da protecção marinha em cada estado membro informem as decisões e
processo nos outros. Cada parceiro irá trabalhar no seu país, e
desempenhar um papel de cooperação transnacional e distribuição de
resultados conjuntos. |
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PARCEIROS ASSOCIADOS |
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Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem
A S.P.V.S. - Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem, começou a funcionar no ano de 2000, e formaliza uma coordenação entre várias entidades com interesse e capacidade técnica para o estudo e investigação em vida selvagem. Esta sociedade científica é constituída por investigadores de diversas nacionalidades e por outras pessoas, singulares ou colectivas, que exerçam ou apoiem actividades na área da conservação e gestão de vida selvagem, ambiente e em áreas científicas conexas. Esta ONG de carácter científico vem acrescentar experiência ao projecto, nomeadamente ao nível dos trabalhos de investigação nas zonas norte e centro, e ao nível do contacto com os pescadores locais. A S.P.V.S. conta ainda com uma unidade de salvamento e recuperação de animais marinhos, o centro regional de intervenção de Quiaios. |
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Agência Francesa de Áreas Marinhas Protegidas A
Agência Francesa de Áreas Marinhas Protegidas foi criada em 2006, e é
uma entidade pública dirigida por um conselho de administração, onde
figuram representantes do estado, autoridades locais, e stakeholders. Tem com principais objectivos: - apoiar políticas públicas no campo das AMP, no que diz respeito à suas criação e gestão. - gerir os recursos humanos e financeiros dedicados às AMP. - dar apoio técnico e administrativo aos directores das AMP. Além destas missões práticas, tem como missão promover a atenção para os assuntos relacionados com a biodiversidade marinha, e criar uma significativa rede de AMP até 2012. |
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Martifer SGPS, SA A Martifer iniciou a sua actividade em 1990, e é a holding de um grupo de empresas focadas em 2 sectores: Construcção Metalica, e Energias Renováveis (equipamentos para energia; energia solar; energia eólica). Hoje em dia está presente em 16 países, e é uma empresa líder no sector. Um dos objectivos futuros da Martifer é desenvolver tecnologias para energia offshore (ondas). É neste sentido que surgiu a colabora com o FAME, apostando numa lógica de desenvolvimento sustentável na vertente ambiental. |